NA LUZ DA VERDADE (Edição de 1931)


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77. Efusão do Espírito Santo

O acontecimento descrito na Bíblia, da efusão do Espírito Santo sobre os discípulos do Filho de Deus, é para muitas pessoas um fenómeno ainda inexplicável, considerado frequentemente como extraordinário, como só tendo ocorrido naquela única vez e, consequentemente, como sucedido de modo arbitrário.

Nessa consideração errónea reside, no entanto, também exactamente a causa do aparente “inexplicável”.

O acontecimento não foi isolado, não foi levado a efeito especialmente para os discípulos, mas foi já desde o existir da Criação um fenómeno que se repete regularmente! Com esse reconhecimento ele também perderá logo o inexplicável e torna-se compreensível aos leitores da Mensagem do Graal que investigam seriamente, sem com isso perder em grandeza, mas, pelo contrário, muito antes se tornar ainda mais grandioso.

Quem houver estudado atentamente a minha Mensagem do Graal já pôde também ter encontrado nela a solução para isso; pois leu também o esclarecimento “O Santo Graal”. Aí mencionei a renovação da força, que se repete regularmente todos os anos para a Criação inteira. É o momento em que nova força divina se derrama no Santo Graal para a conservação da Criação!

Com isso surge por momentos sobre o Graal a “Pomba Sagrada”, que é a forma espiritual visível da presença do Espírito Santo, que pertence directamente à “forma” do Espírito Santo, que, portanto, constitui uma parte de sua “forma”.

Como a Cruz é a forma espiritual visível da Verdade divina, assim a “Pomba” é a forma visível do Espírito Santo. Ela é a forma, realmente, não é imaginada apenas como forma! Como já falei detalhadamente a respeito, indico a dissertação. *(Dissertação Nº 44: O Santo Graal)

Essa renovação de forças pelo Espírito Santo, isto é, pela vontade viva de Deus, que é a força, ocorre cada ano em um bem determinado tempo no santuário do supremo Castelo ou do Templo, que abriga o Santo Graal, o único ponto de ligação da Criação com o Criador, e por isso também chamado de Castelo do Graal.

A renovação pode ser designada também de efusão de forças, isto é, efusão do Espírito Santo ou, mais nitidamente ainda, efusão de forças pelo Espírito Santo, pois o Espírito Santo não é acaso derramado; pelo contrário, ele derrama força!

Uma vez que os discípulos naquele dia se encontravam reunidos, em memória do seu Senhor, que havia ascendido, que lhes prometera enviar o Espírito, isto é, a força viva, então, nessa recordação fora dada uma base de ancoragem para que, no acontecimento que se realizava na mesma hora no puro espiritual, este se efectivasse em determinado e correspondente grau, directamente sobre os discípulos reunidos na Terra, sintonizados em devoção! Principalmente porque o caminho para esses discípulos fora possibilitado e aplainado mais facilmente pela existência terrena do Filho de Deus.

E por esse motivo aconteceu o milagroso, que de outra forma não teria sido possível na Terra, cujo vivenciar é transmitido na Bíblia. O vivenciar puderam os evangelistas descrever, mas não o verdadeiro acontecimento, que eles próprios não conheciam.

O Pentecostes vale, pois, aos cristãos como recordação desse acontecimento, sem que tenham um pressentimento de que efectivamente, mais ou menos nessa época, é sempre o dia da Pomba Sagrada no Castelo do Graal, isto é, o dia da renovação de força para a Criação pelo Espírito Santo! Evidentemente nem sempre exactamente no dia de Pentecostes calculado na Terra, mas sim na aproximada época deste.

Naquela ocasião, a reunião dos discípulos coincidiu exactamente com o facto real! Mais tarde será comemorado também aqui na Terra, regularmente e na época certa, como a suprema e mais sagrada solenidade da humanidade, em que o Criador presenteia, sempre de novo, Sua força conservadora à Criação, como o “dia da Pomba Sagrada”, isto é, o dia do Espírito Santo, como grande oração de gratidão a Deus-Pai!

Será comemorado por aquelas pessoas que finalmente estiverem conscientemente nesta Criação, que chegaram a conhecê-la então de modo certo em todos os seus efeitos. Devido a sua sintonização devocional na época exacta, será também possível que, ao se abrirem, chegue, reciprocamente, de novo a bênção viva até em baixo, até a Terra, e se derrame nas almas sedentas, como outrora nos discípulos.

Paz e júbilo trará então essa época, que já não mais está tão distante, se as criaturas humanas não falharem e não quiserem ficar perdidas por toda a eternidade.

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Actualização mais recente desta página: 4 de Março de 2020