NA LUZ DA VERDADE (Edição de 1931)


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79. Pode a velhice constituir um obstáculo para a ascensão espiritual?

De acordo com os conceitos terrenos, querer o certo, ou querer o que é bom é, muitas vezes, uma grande diferença! O que é certo terrenamente nem sempre também é o bom!

Hoje não é mais suficiente para o ser humano, simplesmente ter querido o certo! Algo assim ele pôde fazer na sua primeira encarnação. Agora é exigido mais dele! Se ele não adquirir ânimo com toda força para, espiritualmente, poder finalmente ascender no saber, então ele estará impreterivelmente perdido. A velhice não constitui nenhum obstáculo, mas sim estímulo, uma vez que na velhice sua hora do trespasse aproxima-se visivelmente! Trata-se apenas da preguiça e do comodismo, já frequentemente mencionados por mim como os piores inimigos, com os quais tais hesitantes sobrecarregam-se e com isso sucumbem.

O tempo da vagabundagem espiritual terminou, assim como o tempo do comodismo e da espera aconchegante. Com implacabilidade e terribilidade sinistra isso se abaterá em breve sobre os dorminhocos e preguiçosos, de modo que então também o mais surdo despertará.

O estudo de minhas dissertações, porém, condiciona de antemão um esforço próprio, uma concentração enérgica de todos os sentidos e, com isso, uma vivacidade espiritual e vigilância integral! Só então é possível aprofundar-se em minhas palavras, assimilá-las também realmente.

E isso é desejado assim! Recuso cada preguiçoso espiritual.

Se, no entanto, as criaturas humanas deixaram de soterrar dentro de si ao menos um grãozinho da Verdade oriunda da pátria do reino espiritual, então a Palavra terá de atingi-las como um chamado, pressuposto que também se esforcem em lê-la uma vez ininfluenciadamente e com toda a seriedade. E se então nada intuírem, que nelas desperte um eco, então também no Além mal será possível ainda acordá-las, porque lá também não podem receber nada de diferente. Ficam paradas, onde elas mesmas se colocam, por sua vontade própria. Ninguém as forçará a desistir disso, mas elas também não sairão dessa materialidade a tempo, a fim de se salvar da decomposição, portanto, da condenação eterna.

O “não querer ouvir”, naturalmente, levam consigo desta Terra para a matéria fina, e lá não se comportarão diferentemente de como aqui aconteceu. Como pode então a velhice constituir um obstáculo! É um chamado da eternidade que as atinge, proveniente da Palavra que, no entanto, não querem ouvir, por assim lhes ser mais cómodo. Mas a comodidade por fim as destruirá, se não quiserem se tornar vivas em tempo. A pergunta, porém, mostra mui nitidamente essa comodidade. É a mesma espécie de tantas pessoas, que permanentemente querem iludir-se a si próprias, sob qualquer pretexto mais ou menos aceitável. Pertencem ao joio que não será fortalecido pelos vindouros vendavais purificadores, pelo contrário, varrido, por ser imprestável para a seriedade da verdadeira existência.

Exigiriam sempre novos prazos do Criador para reflectir, sem jamais chegarem a uma escalada, para a qual devem animar-se espiritualmente. Por tal motivo, não vale a pena ocupar-se com isso longamente. São os que eternamente querem e os que jamais realizam algo em si. E com isso também os perdidos. — — — —

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Actualização mais recente desta página: 4 de Março de 2020